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Abstract
Modelos hidrogeológicos comprovam a existência de relação morfológica entre as superfícies topográfica e potenciométrica. O objetivo deste trabalho foi quantificar esta relação a partir da interpolação de dados potenciométricos e de relevo. Através da interpolação das cotas do nível estático, por meio de krigagem ordinária e krigagem com tendência do modelo numérico de terreno (MNT), foram criados dois modelos da superfície potenciométrica de um aqüífero livre (arenitos do Grupo Caiuá), na área compreendida entre as coordenadas 23 ° 00’ e 24 ° 00’ de latitude sul e 52 ° 30’e 54 ° 00’ de longitude oeste. Os dados utilizados foram fornecidos pela Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) e pela Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e de Saneamento Ambiental (Suderhsa), referentes a 230 poços produtores. As técnicas empregadas para a interpolação envolveram a análise exploratória dos dados, a qual orientou a geração dos variogramas utilizados nas etapas subseqüentes. Após as interpolações foram feitas análises comparativas dos resultados obtidos. Esta comparação utilizou a técnica da validação cruzada, permitindo relacionar os dados medidos e calculados para as mesmas posições. Através da avaliação quantitativa e qualitativa dos resultados da validação cruzada, verificou-se que os melhores resultados foram obtidos pelo o método de krigagem com tendência do MNT, em relação ao método de krigagem ordinária. A baixa densidade de pontos de amostragem dificultou a realização das análises variográficas, e das krigagens, impedindo a contemplação de feições geomorfológicas importantes no controle da superfície potenciométrica. Por fim constatou-se que a superfície potenciométrica selecionada apresenta morfologia semelhante ao relevo da área.