RESUMO
A Pitaya (Hylocereus undatus) é uma fruta que vem sendo observada e estudada nos últimos anos, ela apresenta indicaçoes de resultados positivos a saúde, mas nao há estudo sobre seu impacto glicemico, e essa fruta pode ser ou nao ser benéfica a pessoas com diabetes. Determinar o índice glicemico e a carga glicemica da Pitaya (Hylocereus undatus). A pesquisa foi do tipo experimental, realizada por meio de determinaçao de curvas glicemicas. O estudo foi realizado em um Laboratorio do curso de Nutriçao no Centro Universitário Estácio do Ceará. Como critérios de inclusao foram considerados individuos adultos, de 20-59 anos, de ambos os sexos, que nao possuíam doenças conhecidas que interferissem na glicemia. Os voluntários eram eutróficos. A determinaçao do IG foi feita 4 vezes em semanas consecutivas, iniciando sempre com os voluntários em jejum de 12 horas. Foi calculada a área média das tres curvas obtidas nos testes com a glicose e a área obtida com a curva da Pitaya, chegando-se ao IG da Pitaya, o qual foi categorizado como baixo, moderado ou alto (IG < 55, IG 56 - 69 e IG > 70). A CG foi calculada pela multiplicaçao do IG do alimento pela quantidade do carboidrato glicemico ou disponível na porçao dividido por 100. No caso do teste, a porçao conteve 50 gramas de carboidrato glicemico, pelo protocolo estabelecido. Após o cálculo, a CG foi classificada em baixa, média ou alta (<10, 11 a 19 e >20), respectivamente. O Índice Glicemico (IG) da Pitaya foi baixo (46) e a Carga Glicemica (CG) alta (23). Ressalta-se que a porçao-teste que continha 417g. Podemos concluir que a Pitaya tem um IG baixo e uma CG alta, devido a porçao oferecida, porém, em porçoes menores, é um alimento indicado para o controle da glicemia, infelizmente nao existe muitos estudos sobre o tema em humanos.
Palavras-chave: índice glicemico, carga glicemica, pitaya.
ABSTRACT
Pitaya (Hylocereus undatus) is a fruit that has been observed and studied in the last years, it has indications of positive health results, but there is no study about its glycemic impact, and this fruit may or may not be beneficial for people with diabetes. To determine the glycemic index and glycemic load of Pitaya (Hylocereus undatus). The research was experimental, performed by means of determination of glycemic curves. The study was carried out in a Laboratory of Nutrition course at Estácio do Ceará University Center. As inclusion criteria, adult individuals aged 20-59 years, of both sexes, who had no known diseases that interfered with glycemia were included. For the determination of the GI, four tests with each volunteer were necessary, performed in subsequent weeks with the volunteers fasting for 12 hours. The mean area of the three curves obtained in the tests with glucose and the area obtained with the Pitaya curve, to assess the Pitaya GI, which was categorized as low, moderate or high (GI <55, GI 5669 and GI ≥ 70). CG was calculated by multiplying the IG of the food by the amount of the glycemic carbohydrate or available in the divided portion by 100. In the case of the test, the portion contained 50 grams of glycemic carbohydrate by the protocol established. After the calculation, CG was classified as low, medium or high (≤10, 11 to 19 and ≥20), respectively. Pitaya's Glycemic Index (GI) was low (46) and the Glycemic Load (CG) was high (23). It is noted that the test portion which contained 417g. We can conclude that Pitaya has a low GI and a high CG, due to the portion offered, but in smaller portions, it is a food that is indicated for glycemic control, unfortunately there are not many studies on the subject in humans.
Keywords: glycemic index, glycemic load, pitaya.
INTRODUÇÂO
A Pitaya (Hylocereus undatus) é uma fruta originária da América Tropical e Subtropical e possui fácil cultivo. Nos últimos anos, estudos com esta fruta vem sendo desenvolvidos e apenas recentemente a Pitaya ganhou destaque no mercado brasileiro de frutas exóticas (Duarte, 2013, Esquivel, & Ayara Quesada, 2012 Wanitchang et al., 2010). A Pitaya pode ser consumida in natura ou utilizada em produtos industriais, tais com doces e sucos, e há algumas espécies ricas em antioxidantes, propriedades que estao ligadas a prevençao de Doenças Crónicas Nao Transmissíveis (DCNT), como o Diabetes Mellitus (DM) (Lim et al., 2010).
Segundo a literatura, o consumo da Pitaya está diretamente associado também a prevençao de complicaçoes respiratórias, úlceras, acidez estomacal, doenças cardiovasculares, circulatórias e cáncer (Ariffin et al., 2009; Iser et al., 2015; Sousa et al., 2016). Apesar destas evidencias sobre beneficios a saúde, ainda nao há estudos sobre o impacto glicemico da Pitaya, especialmente em seres humanos (Goff et al., 2013; Murakami et al., 2013; Tschiedel, 2014).
O Índice Glicemico (IG) é conhecidamente uma ferramenta eficiente para avaliaçao do impacto glicemico dos alimentos. Este índice é um calculo estimativo sobre o efeito do consumo de carboidratos e suas concentraçoes presentes na corrente sanguínea, sendo essa medida um parámetro para a análise de qualidade desse carboidrato. A Carga Glicemica (CG) é a interaçao entre o IG dos alimentos (qualidade) e quantidade de carboidratos. Essa medida serve para avaliar se esses alimentos sao adequados ou nao para consumo de pessoas saudáveis ou com doenças como o DM (Sbd, 2016, Idf, 2015).
As DCNT podem ser ocasionadas por diversos fatores, especialmente os alimentares. Dentre estes, destaca-se que alimentos de alto IG possam contribuir para o desenvolvimento deste grupo de doenças (Sampaio et al., 2007). Avaliar os alimentos quanto ao IG, tem-se mostrado válido também em virtude de resultados surpreendentes com alimentos antes considerados essencialmente seguros e saudáveis, como as frutas. Atualmente, sabe-se que algumas delas possuem impacto glicemico relevante, de forma que o consumo deve ser monitorado (Buyken et al., 2001).
Como referido, ainda nao existem estudos sobre o impacto glicemico da Pitaya em seres humanos. Esta lacuna leva a pergunta se essa fruta pode ser ou nao ser consumida por pessoas saudáveis ou enfermas. Apesar dos relatos de características benéficas a saúde, como a antioxidante, é necessário investigar como a Pitaya interfere na glicemia de humanos.
Assim, o objetivo desta pesquisa foi determinar o índice glicemico e carga glicemica da Pitaya (Hylocereus undatus).
MÉTODO
A pesquisa foi do tipo experimental, realizada por meio de determinaçao de curvas glicemicas. A coleta de dados ocorreu seguindo o protocolo estabelecido pela Food and Agricuture Organization (FAO/WHO) (Who, 2000). Este protocolo recomenda um mínimo de 6 (seis) pessoas para a determinaçao do IG de um alimentos. Assim, a amostra do estudo foi integrada por 6 (seis) estudantes, captados da populaçao de universitários da referida instituiçao. Estes voluntários atenderam aos critérios inclusao e foram convidados mediante explicaçao da pesquisa.
Como critérios de inclusao foram considerados indivíduos adultos, de 20-59 anos (WHO, 2000), de ambos os sexos, que nao possuíam doenças conhecidas que interferissem na glicemia. Os voluntários eram eutróficos, a partir do cálculo do IMC (18,5 - 24,9 kg/m2) (WHO, 1995), e com nível de atividade física sedentária ou leve. Este último critério foi adotado em razao da interferencia do tecido adiposo e de exercícios físicos intensos no metabolismo da glicose (Jenkins & Kendall, 2002). Para a classificaçao de atividade física foi utilizado o conceito estabelecido pelas Dietary Reference Intakes (Dri, 2011). Como critérios de exclusao foram desconsiderados os indivíduos que usavam medicaçoes com efeito na glicemia.
O protocolo estabelecido pela FAO/WHO (WHO, 2000) para determinaçao do IG de alimentos também é citado de forma objetiva no estudo de Passos (2012), estando descrito a seguir:
Para a determinaçao do IG sao necessários quatro testes com cada voluntário, sendo tres testes de curva glicemica com alimentos padrao (glicose) e um teste com o alimento investigado (Pitaya). Estes testes foram realizados em semanas consecutivas, iniciando sempre com os voluntários em jejum de 12 horas.
Nos testes com a glicose, inicialmente foi aferida a glicemia capilar de jejum, com o auxilio do glicosímetro AccuCheK® Performa. Após esta aferiçao, cada participante ingeriu 50g de glicose pura em pó da marca Dinámica® diluidos em 500 mL de água e, ao término dessa ingestăo, novas glicemias capilares foram tomadas, aos 15, 30, 45, 60, 90 e 120 minutos. Estes procedimentos foram realizados nas tres primeiras semanas, conforme já referido.
Para o teste com a Pitaya, realizado na quarta e última semana, também era aferida a glicemia capilar de jejum de cada voluntário e, após essa aferiçao, deu-se prosseguimento a ingestao da porçao-teste da fruta. Esta porçao foi correspondente a 50 gramas de carboidrato glicemico, conforme protocolo da FAO/WHO (WHO, 2000).
Para o cálculo da porçao-teste de 50 gramas de carboidrato glicemico, utilizou-se a composiçao nutricional da Pitaya (Oliveira et al., 2010), que aponta, em 100 gramas, a presença de 12,34 gramas de carboidratos e 0,34 de fibras, ou seja, 12 gramas de carboidrato glicemico. Com base nessa informaçao, cada voluntário recebeu para consumo, a porçao-teste de 417 gramas da fruta, pesados em balança de precisao Filizolla®, com capacidade de 5 Kg.
Os dados relativos as glicemias dos quatro testes foram registrados com auxilio de um instrumento criado. A partir das glicemias aferidas, também foram traçadas as curvas glicemicas para cada teste, a fim de aprofundar a avaliaçao sobre os achados obtidos. Estas curvas tiveram suas áreas calculadas individualmente com o auxilio do programa Excel, por meio de fórmulas simples de áreas de triángulos e trapézios para a determinaçao da área da curva, considerando como linha basal do gráfico a glicemia de jejum inicial de cada teste.
Foi calculada a área média das tres curvas obtidas nos testes com a glicose e a área obtida com a curva da Pitaya. Este cálculo foi feito para cada um dos voluntários. A área sob a curva obtida com o alimento-teste (Pitaya) foi dividida pela área média sob a curva do alimento padrao (glicose) foi multiplicada por 100, caracterizando o IG do alimento para aquele voluntário. Em seguida, após obtençao do IG individual, foi realizada a média aritmética simples dos 6 (seis) resultados, chegando-se ao IG da Pitaya, o qual foi classificado como baixo, moderado ou alto (IG < 55, IG 56 - 69 e IG > 70), segundo Foster-Powell et al., (2002).
A CG foi calculada pela multiplicaçao do IG do alimento pela quantidade do carboidrato glicemico ou disponivel na porçao dividido por 100. No caso do teste, a porçao conteve 50 gramas de carboidrato glicemico, pelo protocoloestabelecido. Após o cálculo, a CG foi classificada em baixa, média ou alta (<10, 11 a 19 e >20, respectivamente), segundo Burani e Longo (2006).
Complementando a avaliaçao da CG, realizou-se cálculo deste indice para uma porçao mais usual, haja vista que na porçao-teste foram ingeridas pelos voluntários aproximadamente duas unidades da fruta. Como nao se trata de uma fruta brasileira ou de consumo usual neste pais, nao há dados sobre porçao recomendada no Guia Alimentar para a Populaçao Brasileira (Brasil, 2014). Por este motivo, empíricamente, fez-se a escolha de uma unidade da fruta, pois esta quantidade poderia refletir o impacto de consumo mais usual.
A partir da decisao acima, para determinaçao do peso médio de uma Pitaya, procedeu-se a pesagem individual de 10 unidades da fruta para realizaçao de média aritmética simples, visto que nao há dados que refiram o peso médio de uma Pitaya nas principais tabelas de medidas caseiras conhecidas (Pinheiro, 2005). A pesagem ocorreu em laboratório, com o auxilio de balança Filizolla®, com capacidade de 5 Kg.
Como aspectos éticos, foi obedecida a Resoluçao n° 510, de 07 de abril de 2016, do Conselho Nacional de Saúde e os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. O representante da instituiçao de ensino assinou o Termo de anuencia, para uso do laboratorio, e o projeto foi submetido a Plataforma Brasil.
RESULTADOS
O Índice Glicemico (IG) da Pitaya foi baixo (46) e a Carga Glicemica (CG) alta (23). Ressalta-se que a porçao-teste continha 417g, quantidade aproximada de duas Pitayas. Realizou-se o cálculo da CG também para a quantidade de uma unidade da fruta, resultando em um valor de 12 (moderado).
Os gráficos abaixo apresentam as curvas obtidas nos testes glicemicos. O gráfico 1 apresenta a curva média com os testes da glicose e a curva com o teste da Pitaya. O gráfico 2 mostra o mesmo resultado, porém apresenta a estratificaçao das curvas com os testes da glicose.
DISCUSSÄO E CONCLUSÖES
Pesquisas em seres humanos envolvendo a Pitaya sao escassos. Nao há estudos sobre o cálculo do IG ou CG desta fruta e a maior parte dos estudos verificados com relaçao a açao da Pitaya na glicemia foi realizada em animais (Abreu et al., 2012; Hadi, 2006,).
O índice glicemico da Pitaya verificado neste estudo foi baixo (46), o que aponta para um resultado satisfatório. O consumo de refeiçoes com baixo IG diminui a elevaçao pós-prandial de hormônios intestinais e insulina, e a absorçao prolongada dos carboidratos mantém a supressao dos AGL (Ácidos Graxos Livres) e a resposta contra regulatória, com a diminuiçao na concentraçao dos AGL e com o aumento do quociente respiratório, decorrente da insulinizaçao tecidual, a glicose é retirada da circulaçao mais rapidamente (Moreno López, 2016; Zhao et al., 2009,).
Sendo assim, uma dieta com baixo IG pode, teoricamente, melhorar o manejo do DM, por diminuir a hiperglicemia pós-prandial precoce e o risco de hipoglicemia no estado pós-absortivo é diminuida (Bouché et al., 2002).
Todavía, ao calcular-se a CG, percebeu-se que esta fruta possui impacto glicemico relevante, haja vista que o valor verificado foi 23. A porçao testada foi equivalente a duas unidades da fruta, quantidade maior do que o habitualmente consumido. Por isso, optou-se por calcular a CG de uma quantidade menor, no caso uma unidade, encontrando-se valores menores. Para uma unidade, a CG da Pitaya foi 12, valor considerado moderado. Com base nesses resultados, a Pitaya demonstrou-se como um alimento cujo consumo precisaria ser monitorado. Inúmeros autores relatam que o consumo de alimentos com baixo IG é importante para a nao elevaçao da glicemia em pessoas com dificuldade controle da mesma como no diabetes (Ada, 2008; Chase et al., 1989).
Sabe-se que uma dieta com elevado IG e CG pode ocasionar a elevaçao dos niveis de açûcar, que quando se elevam excessivamente há maior tendencia do organismo armazenar gordura, favorecendo o aumento de peso e da resistencia insulínica (Bouché et al., 2002).
Frutas sao consideradas alimentos saudáveis, por terem em sua composiçao vitaminas, minerais, fibras e outros componentes benéficos a saúde. Todavia, também deve-se considerar a presença de açûcares que podem refletir em um impacto glicemico desfavorável. Isto foi relatado por Passos et al. (2012) e Bouché et al. (2002), de forma que há a necessidade de cautela com o consumo destes alimentos. Passos et al. (2012), em seu estudo verificou resultados semelhantes com algumas frutas, como o caju, o qual obteve IG de 45 e CG de 23. Além deste resultado, a avaliaçao da curva desta fruta também foi semelhante ao da Pitaya. Essa semelhante pode ter se dado devido ao caju ser uma boa fonte de vitamina C e ferro, assim como a Pitaya, que estao entre as vitaminas e minerais que ajudam no controle da glicemia (Ada, 2008).
Segundo Orbay et al. (2007), dietas que contenham uma alta carga glicemica e/ou alto índice glicemico, como por exemplo o consumo em excesso de Pitaya, podem desencadear dificuldade na absorçao dessa glicose sanguínea, o que leva a uma possível resistencia insulínica, além de essa glicose em excesso poder se transformar em tecido adiposo.
No estudo de Lajolo e Menezes,(1997), que analisou o consumo de alimentos regionais e alguns exóticos, encontraram, dentre os exóticos, que o kiwi teve IG de 53 e CG de 9,1, kiwi é rico em vitamina A e E, que na Pitaya sao em menores concentraçoes, assim como no caju citado anteriormente, atuam na melhora da resposta insulina, facilitando a diminuiçao do impacto glicemico da alimentaçao.
Sugere-se a CG elevada possa ter relaçao com outros componentes da Pitaya. Duarte- (2013) ressalta a quantidade de açûcares da Pitaya, fator que pode impactar na elevaçao da curva glicemica obtida com os voluntários, especialmente pois nao há outros fatores de controle do efeito dos açûcares. No caso do tamarindo, esta fruta também possui alto teor de açûcares, porém há elevada acidez, o que reduz seu impacto glicemico (Passos, 2012).
Hadi (2006), ofereceu extratos de Pitaya para ratos hiperglicemicos e observou que depois de sete semanas de suplementaçao com a Pitaya, os ratos apresentaram reduçao dos níveis de glicose no sangue, triacilgliceróis, colesterol LDL e aumento dos níveis de HDL e antioxidantes no plasma.
Também em estudo com ratos, Abreu et al. (2012) verificaram bom controle na glicemia e melhora no controle da resistencia insulínica. Na China, foi realizado um estudo com 14 grupos de ratos com diabetes induzida, mostrou que 85% desses ratos após a ingestao de um concentrado de Pitaya conseguiram estabilizar a glicemia, mostrando que a Pitaya teve um efeito hipoglicemiante nestes animais (Orbey et al., 2007). Os achados relatados nestes estudos sao paradoxais ao verificado pela CG encontrada.
O presente estudo foi realizado com 6 (seis) voluntarios, número mínimo recomendado pela FAO/WHO, e apresentou como seu resultado que a Pitaya tem um IG baixo e uma CG alta em grandes porçoes. Devido a essa pesquisa ter sido apenas com 6 (seis) voluntarios, além disso ter pesquisas escassas com seres humanos, o tema está ab erto para que se possa aprofundar as investigaçoes, sobre a quantidade adequada e a frequencia de consumo dessa fruta.
Sugerem-se mais pesquisas que possam avaliar melhor está fruta, para que se possa verificar se seu consumo está adequado aos consumidores.
Agradecimentos:
Nada a declarar
Conflito de Interesses:
Nada a declarar.
Financiamento:
Nada a declarar
* Autor correspondente: Centro Universitário Estácio do Ceará. Rua Eliseu Uchôa Beco, 600, Água Fría. CEP: 60810-270, Fortaleza, CE, Brasil.
REFERENCIAS
Abreu, W. C., Lopes, C O., Pinto, K. M., Oliveira, L A., Carvalho, G. B. M., & Barcelo, M. F. P. Características físico-químicas e atividade antioxidante total de pitaias vermelha e branca. Revista do Instituto Adolfo Lutz, 71(4), 656-661.
American Diabetes Association. (2008). Nutrition recommendations and interventions for diabetes. A position statement of the American Diabetes Association. Diabetes Care, 31 (S1), 61-74.
Ariffin, A. A., Bakar, J., Tan, C. P., Rahman, R. A., Karim, R., & Loi, C. C. (2009). Essential fatty acids of pitaya (dragon fruit) seed oil. Food Chemistry, 114(2), 561-64.
Brasil, Ministério da Saúde. (2014). Guia alimentar para a populaçao brasileña. Brasilia: Ministério da Saúde.
Buranı, J., & Longo, P. J. (2006). Low-glycemic index carbohydrates: an effective behavioral change for glycemic control and weight management in patients with type 1 and 2 diabetes. Diabetes Education, 32(1), 78-88.
Buyken, A. E., Toeller, M., Heitkamp, G., Karamanos, B., Rottiers, R., & Muggeo, M. (2001). Glycemic index in the diet of European outpatients with type 1 diabetes: relations to glycated hemoglobin and serum lipids. American Journal of Clinical Nutrition, 73, 574-581.
Bouché, C., Rizkalla, S. W., Jing, L., Vidal, H., Veronese, A., & Pacher, N. (2002). Five-week, low-glycemic index diet decreases total fat mass and improves plasma lipid profile in moderately overweight non diabetic men. Diabetes Care, 25, 822-828.
Chase, H. P., Jackson, S. L., Hoops, R. S., Cockerham, P. G., & O' Brien, D. (1989). Glucose control and the renal and retinal complications of insulindependent diabetes. Journal of America Medical Association, 261 (8), 1155-60.
Duarte, M. H. (2013). Armazenamento e qualidade de pitaia submetida a adubaçao orgánica (Dissertaçao de Mestrado em Agroquimica). Universidade Federal de Lavras, Lavras.
Esquivel, P., & Ayara Quesada, Y. (2012). Características del fruto de lapitahaya (Hylocereus sp.) y su potencial de uso ver laandomize alimentaria. Revista Venezolana de Ciencia y Tecnología de Alimentos, 3(1), 113-129.
Foster-Powell, K., Holt, S. H., & Brand-Miller, J. C. (2002). International table of glycemic index and glycemic load values: 2002. American Journal of Clinical Nutrition, 76(1), 5-56.
Goff, L. M., Cowland, D. E., Hooper, L., & Frost G. S. (2013). Low glycaemic index diets and blood lipids: a systematic review and meta-analysis of andomized controlled trials. Nutrition Metabolism and Cardiovascular Diseases, 23 (1), 1-10.
Hadi, N. B. A. (2006). Chemical composition and activities of antioxidant compounds in red pitaya fruit (hylocereus sp.), and effects on glucose and lipid profile level of hyperglycemia rats (Dissertaçao de Mestrado em Ciencia). Universidade da Malasia.
IDF, International Diabetes Federation. (2015). Number of people with diabetes. Disponivel em : http://www.idf.org/diabetesatlas/datavisualisations
Iser, B. P. M., Stopa, S. R., Chueiri, P. S., Szwarcwald, C L., Malta, D. C., & Monteiro, H. O. C. (2015).
Prevaléncia de diabetes autorreferido no Brasil: resultados da Pesquisa Nacional de Saude 2013. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 24(2), 305-314.
Jenkins, D. J., Kendall, C. W., & Augustin, L. S. (2002). Glycemic index: overview of implications in health and disease. American Journal of Clinical Nutrition, 76(1), 266-273.
Lajolo, F. M., & Menezes, E. W. (1997). Composiçâo de alimentos: uma análise retrospectiva e contextualizaçâo da questâo. Boletim da SBCTA, 31 (2), 90-92.
Lim, H. K., Tan, C. P., Karim, R., Ariffin, A. A, & Bakar, J. (2010). Chemical composition and DSC thermal properties of two species of Hylocereus cacti seed oil: Hylocereusundatus and Hylocereuspolyrhizus. Food Chemistry, 119(4), 1326-1331.
Monteiro, J. P., Pfrimer, K., Tremeschin, M. H., Molina, M. C., Chiarello, P. (2007). Consumo alimentar visualizando porçoes. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
Murakami, K., Mccaffrey, T. A., & Livingstone, M. B. (2013). Associations of dietary glycaemic index and glycaemic load with food and nutrient intake and general and central obesity in British adults. Jornal Brasileiro de Nutriçao, 110(1), 2047-2057.
Orbey, N. C., Margeirsdottir, H. D., Brunborg, C., Andersen, L. F., & DahlJorgensen, K. (2007). The influence of dietary intake and meal pattern on blood glucose control in children and adolescents using intensive insulin treatment. Diabetologia, 50(10), 2044-51.
Passos, T. U. (2012). Consumo alimentar cearense: índice glicemico e carga glicemica de alimentos regionais e impacto potencial no risco de doenças crónicas nao transmissíveis (Dissertaçao de Mestrado em Nutriçao). Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza.
Sampaio, H. A. C., Silva, B. Y. C., Sabry, M. O. D., & Alemida, P. C. (2007). Índice glicemico e carga glicemica de dietas consumidas por individuos obesos. Revista de Nutriçao, 20(6), 615-624.
SBD, Sociedade Brasileira de Diabetes. (2016). Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (20152016). Sao Paulo: A.C. Farmacéutica.
Souza, A. E. S., Cruz, A. M., Araújo, J. L A., Aguiar, I. P., & Souza, D. S. (2016). Conhecimento sobre diabetes mellitus de pacientes diabéticos atendidos em unidades de saúde do municipio de Santarém-Pará. Revista de Publicaçao Academica da Pós-Graduaęao do IESPES, 2 (24), 52-119.
Tschiedel, B. (2014). Complicaçoes crónicas do diabetes. Jornal Brasileiro de Medicina, 102(5), 110.
Wanitchang, J., Terdwongworakaul, A., Wanitchang, P., & Noypitak, S. (2010). Maturity sorting index of dragon fruit: Hyloceresuspolyrhizus. Journal of Food Engineering, 10(3), 409-416.
WHO, World Health Organization (1995). Physical Status: The Use and Interpretation of Anthropometry. Technical Report Series 854. Geneva: WHO.
WHO, World Health Organization. (2000) Obesity: preventing and managing the global epidemic. Technical Report Series 284. Geneva: WHO.
You have requested "on-the-fly" machine translation of selected content from our databases. This functionality is provided solely for your convenience and is in no way intended to replace human translation. Show full disclaimer
Neither ProQuest nor its licensors make any representations or warranties with respect to the translations. The translations are automatically generated "AS IS" and "AS AVAILABLE" and are not retained in our systems. PROQUEST AND ITS LICENSORS SPECIFICALLY DISCLAIM ANY AND ALL EXPRESS OR IMPLIED WARRANTIES, INCLUDING WITHOUT LIMITATION, ANY WARRANTIES FOR AVAILABILITY, ACCURACY, TIMELINESS, COMPLETENESS, NON-INFRINGMENT, MERCHANTABILITY OR FITNESS FOR A PARTICULAR PURPOSE. Your use of the translations is subject to all use restrictions contained in your Electronic Products License Agreement and by using the translation functionality you agree to forgo any and all claims against ProQuest or its licensors for your use of the translation functionality and any output derived there from. Hide full disclaimer
Copyright Edições Desafio Singular 2018
Abstract
A Pitaya (Hylocereus undatus) é uma fruta que vem sendo observada e estudada nos últimos anos, ela apresenta indicaçoes de resultados positivos a saúde, mas nao há estudo sobre seu impacto glicemico, e essa fruta pode ser ou nao ser benéfica a pessoas com diabetes. Determinar o índice glicemico e a carga glicemica da Pitaya (Hylocereus undatus). A pesquisa foi do tipo experimental, realizada por meio de determinaçao de curvas glicemicas. O estudo foi realizado em um Laboratorio do curso de Nutriçao no Centro Universitário Estácio do Ceará. Como critérios de inclusao foram considerados individuos adultos, de 20-59 anos, de ambos os sexos, que nao possuíam doenças conhecidas que interferissem na glicemia. Os voluntários eram eutróficos. A determinaçao do IG foi feita 4 vezes em semanas consecutivas, iniciando sempre com os voluntários em jejum de 12 horas. Foi calculada a área média das tres curvas obtidas nos testes com a glicose e a área obtida com a curva da Pitaya, chegando-se ao IG da Pitaya, o qual foi categorizado como baixo, moderado ou alto (IG < 55, IG 56 - 69 e IG > 70). A CG foi calculada pela multiplicaçao do IG do alimento pela quantidade do carboidrato glicemico ou disponível na porçao dividido por 100. No caso do teste, a porçao conteve 50 gramas de carboidrato glicemico, pelo protocolo estabelecido. Após o cálculo, a CG foi classificada em baixa, média ou alta (<10, 11 a 19 e >20), respectivamente. O Índice Glicemico (IG) da Pitaya foi baixo (46) e a Carga Glicemica (CG) alta (23). Ressalta-se que a porçao-teste que continha 417g. Podemos concluir que a Pitaya tem um IG baixo e uma CG alta, devido a porçao oferecida, porém, em porçoes menores, é um alimento indicado para o controle da glicemia, infelizmente nao existe muitos estudos sobre o tema em humanos.